segunda-feira, 8 de junho de 2009

Encontros...

Nunca mais escrevi! Não foi por mal, mas aconteceu. O meu querido amigo Alex tem-se encarregado de manter actualizado este pequeno mundo que é o mar, que é a nossa vida com o mar... Por vezes um mar storm que nos invade a alma.
Depois ouvi no meio de Hells Bells, T.N.T, Thunderstruck, que eu nunca escrevia. Prometi e cumpri.
Não cumpri na data que disse para não ser certinho.
Os ACDC são históricos. Anos e anos a ouvir aquela música e a vibrar. O velho rock: das festas no 1º andar, da mesa de mistura que nunca consegui mexer ou usar. O rock do News, do Bauhaus, do Rockline. O rock que se ouvia sempre em casa no Algarve, porque a noite era mais de techno.
Foram anos e anos. Mas já antes disso se ouvia rock. Acho que deve ter começado entre 1985-1987. Á 22 ou 24 anos. Parede Futebol Clube. Equipa mitica. Amizades novas.
Ao longo desse tempo muitas coisas se passaram. Todas boas, umas ainda melhores.
Crescemos, namorámos, casámos, temos um trabalho. Temos objectivos e sonhos. Todos somos diferentes, mas as amizades não se perdem nesses momentos.
Claro que queremos sempre estar lá, mas nem sempre é possível. Por várias razões nem sempre podemos estar, ou simplesmente não queremos estar. O nosso mundo passa a ter outros mundos fruto do crescimento. As etapas vão passando. Cada etapa tem uma fase, mas nunca se encerra.
Acho que neste momento é uma nova etapa da vida! Por várias razões, ou nenhumas. Mas nem sempre seguimos o mesmo caminho, nem sempre queremos as mesmas coisas. Isso sim é importante: respeitarmos as escolhas dos outros, sabendo sempre que essas escolhas não põe em causa o rock. Os 22 ou 24 anos. O Parede. O que interessa é que se um dia for preciso, se dá um toque só para dizer: era só para ouvir a tua voz FDP (:)).
O que é importante é que os sonhos, os objectivos, as escolhas não estraguem o que a vida construiu. Mesmo que não concordemos com elas. Se são tomadas é porque são as melhores. No momento são! E nada pode ser posto em causa por isso.
A vida tem etapas. E se há etapas que terminam, a amizade não faz parte delas. A amizade não é uma etapa.
O que a amizade nos dá é tão raro, tão forte que ignora-lo é perigoso, que perdê-lo é mortal!
Assim como no surf, também na onda da amizade à flatadas, mar storm, buracos, mas também offshoradas, tubos eternos e cristalinos, dias pequenos mas reconfortantes em que acertamos cada take-off, em que mandamos a água ao ar naquela rasgada. E são esses momentos que nos fazem sempre voltar. nunca fica na cabeça um dia de merda de surf. O que nos lembramos sempre é aquela marreca que até conseguimos ganhar velocidade e dar uma pauladinha no fim.
O paralelismo entre o surf e a amizade? Simples: mesmo quando não há ondas ou um dia corre mal, no dia a seguir corremos para a praia ou à webcam mais próxima para ver se já está bom e podermos voltar. Ou seja há um constante contacto, diário ou não, mas estamos sempre a ver e a sentir. Se não o fazemos ficamos mais tristes.
Os caminhos podem ser outros, as cidades diferentes, os objectivos inversos, mas da janela tem sempre que se ver o mar, sentir a brisa do mar.
Os caminhos podem ser outros, as cidades diferentes, os objectivos inversos, mas do outro lado do telefone está sempre lá a amizade.
Senão ficamos mais pobres....

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